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ANVISA: Orientações para identificação, prevenção e controle de infecções por Candida Auris em serviços de saúde

Candida auris é um fungo emergente que representa uma grave ameaça à saúde global, pois pode causar infecções invasivas, que são associadas à alta mortalidade, pode ser multirresistente e levar à ocorrência de surtos nos serviços de saúde.

Estudos apontam a produção pela C. auris de biofilmes tolerantes a antifúngicos, conferindo resistência aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Embora o perfil de resistência a antifúngicos possa ser variável, a maioria das infecções por C. auris pode ser tratada, em primeira linha, com equinocandinas, como opção secundária às anfotericinas. Ainda que seja incomum, há um número crescente de relatos de multirresistência às três principais classes de antifúngicos (azóis, equinocandinas e polienos), tornando as opções de tratamento muito limitadas. Nessa situação, várias classes e altas doses de antifúngicos podem ser necessárias para tratar a infecção.

É importante destacar que as infecções invasivas por qualquer espécie de Candida podem ser fatais. Com base em relatos com número limitado de pacientes, 30% a 60% dos pacientes com infecções de corrente sanguínea por C. auris evoluíram para o óbito. No entanto, muitos desses pacientes tinham doenças de base graves que, também, contribuíram para aumentar o risco de morte.

A transmissibilidade e o alto nível de resistência aos antífungicos são características que diferenciam C. auris de outras espécies de Candida. O modo preciso de
transmissão dentro do ambiente de saúde ainda não é conhecido. Evidências iniciais sugerem que o ambiente pode ser o principal reservatório da C. auris, levando a sua disseminação por meio de superfícies e equipamentos contaminados, incluindo os de assistência ao paciente (tais como: estetoscópios, termômetro, esfigmomanômetro etc.), ou, ainda, por contato direto com os pacientes. A persistência e a propagação do fungo, apesar de todas as medidas de prevenção de infecção, indicam uma resiliência às condições ambientais e persistência no ambiente, alta transmissibilidade e capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente próximo a ele.  Pacientes podem permanecer colonizados assintomáticos por até 3 meses 5. C. auris está associada a episódios de surtos em serviços de saúde que resultam em aumento imediato de custos, não apenas financeiros, mas especialmente aqueles relacionados com a morbidade e a mortalidade de pacientes.

Dados disponíveis sugerem que os fatores de risco para infecções por C. auris não são diferentes dos associados a infecções por outras espécies de Candida. Estes
incluem: internação em instituições de longa permanência para idosos (ILPI) e hospitais, principalmente em unidades de terapia intensiva (UTI) por longos períodos, uso de cateter venoso central ou outros dispositivos médicos invasivos (sondas para alimentação enteral ou tubos para ventilação mecânica), além de cirurgia recente, diabetes e uso de antimicrobianos ou antifúngicos de amplo espectro.

 

A ANVISA lançou: NOTA TÉCNICA GVIMS/GGTES/ANVISA Nº 11/2020: Orientações para identificação, prevenção e controle de infecções por Candida auris em serviços de saúde, confira: https://bit.ly/34P6NVz

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